Music Symphony

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

CLÁSSICOS DO HORROR ~ LIVROS

Conheça algumas das obras mais aterrorizantes da história e que ajudaram a moldar o gênero

POR: Karolyne Hoon

DRÁCULA
Drácula (1897)
Autor: Bram Stoker

É difícil pensar em um personagem de terror mais popular e cuja história tenha sofrido mais adaptações para o cinema e a TV do que o vampiro Drácula. A obra original do irlandês Bram Stoker, curiosamente, não fez tanto sucesso logo que foi lançado e só entrou para a galeria dos clássicos no século 20. A trama gira em torno de, digamos, um triângulo amoroso, envolvendo a jovem Mina, noiva do corretor Jonathan Harker, que é cobiçado pelo excêntrico e estranho conde Drácula. Quando Harker descobre que o conde é um ser das trevas, ele faz de tudo para manter sua amada a salvo de suas garras - ou seriam de seus caninos?

O MÉDICO E O MONSTRO
The Strange Case of  Dr. Jekylland Mr. Hyde (1886)
Autor: Robert Louis Stevenson

O romance é baseado na história real de um marceneiro escocês que sofria de um distúrbio de dupla personalidade. Durante o dia, era um trabalhador pacato. Á noite assaltava as casas da vizinhança. Na obra de ficção, Dr. Jekyll defende a teoria de que todos os seres humanos têm um lado mau. O cientista faz uma fórmula para liberar a sua "outra metade", o maligno Sr. Hyde. Arrependido, o médico tenta encontrar um antidoto, enquanto precisa driblar as suspeitas do seu advogado. A atmosfera de horror e tensão mantida por Stevenson durante todo o livro fez dele um ícone do gênero.

FRANKENSTEIN
Frankenstein or the Modern Prometheus (1818)
Autora: Mary Shelley

Com forte influência sobre a literatura e a cultura popular acidental, o livro escrito pela inglesa Mary Shelley (quando ela tinha apenas 19 anos) é considerado um dos grandes romances de terror de todos os tempos - e, também, um dos primeiros de ficção científica. O protagonista da história é o ser desfigurado criado pelo cientista Victor Frankenstein. Depois de ser abandonado, a criatura é tomada por sua sede de vingança. Várias adaptações da obra representam o monstro como um ser sentimental e incompreendido, julgado por sua aparência. No original, no entanto, ele é uma criatura amarga, maldosa e vingativa.

ENTREVISTA COM O VAMPIRO
Interview with the Vampire (1976)
Autora: Anne Rice

Baseado em um conto escrito pela própria autora no final dos anos 1960, "Entrevista com o Vampiro" fez enorme sucesso e tornou-se rapidamente um best seller, com mais de 8 milhões de cópias vendidas no mundo. O romance de horror gótico teve duas condições ("O Vampiro Lestat" e "A Rainha dos Condenados") e foi levado à telona em um filme dirigido por Neil Jordan e estrelado por Brad Pitt e Tom Cruise. A entrevista do título é concedida ao repórter Daniel Malloy por Louis Pointe Du Lac, transformado em vampiro pelo sádico e cruel Lestat. A edição brasileira da obra ganhou peso com a tradução de Clarice Lispector.

O FANTASMA DA ÓPERA
Le Fantôme De L'Opéra (1910)
Autor: Gaston Leuroux

Publicado em capítulos pelo jornal francês Le Gaulois, entre setembro de 1909 e janeiro do ano seguinte, essa obra-prima do terror recebeu inúmeras adaptações para o cinema e o teatro. O musical que estreou na Broadway em 1986 deteve o recorde de bilheteria até abril de 2012, quando foi desbancada por "O Rei Leão". O enredo, uma espécie de versão sombria de "A Bela e a Fera", gira em torno de uma inexperiente cantora de ópera de Paris e é disputada por um conde apaixonado e por um homem desfigurado - o fantasma do título do romance -, que vive no subsolo do teatro. Entre as várias adaptações para o cinema, vale a pena ver a versão de 1925, sem som e em preto e branco.

CARRIE, A ESTRANHA
Carrie (1974)
Autor: Stephen King

Em seu romance de estreia, Stephen King já mostrou todo o seu talento para aterrorizar. A história da adolescente que usa poderes sobrenaturais de telecinese (capacidade de mover objetos com a força do pensamento) para se vingar dos colegas de escola fez tanto sucesso que, dois anos depois, foi levada ao cinema pelo talento de Brian Palma. De tão perturbador, o livro foi proibido em várias escolas dos Estados Unidos, e o filme chegou a ser banido da Finlândia. "Carrie" é uma obra-prima de King, um dos maiores feras da literatura de terror.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Penny Dreadful: vídeo promocional da 2ª temporada fala sobre maldição

“Chegou um tempo em que aprendi que uma maldição pode também ser uma benção”, conta Vanessa Ives no trailer promocional da segunda temporada de Penny Dreadful.
A prévia apresenta ainda rápidos trechos com outros personagens da série, como Sir Malcolm Murray, Dorian Gray, Dr. Victor Frankenstein, a Criatura e o lobisomem Ethan Chandler.
Confira o vídeo.

A segunda temporada de Penny Dreadful estreia em 2015.

~ O Demônio de Jersey

Demônio de Jersey é uma criatura ou críptido que habita a floresta de Pine Barrens, ao sul de Nova JerseyEUA. A criatura é descrita como um bípede voador com patas, mas existem muitas variações. O Demônio de Jersey se transformou em uma cultura pop na área, tanto que, em homenagem, deram esse nome a um time de hóquei da NHL (New Jersey Devils). 

~Lendas
Existem várias lendas sobre sua origem. As primeiras datam ao folclore dos índios nativos. As tribos chamavam a área ao redor de Pine Barrens de "Popuessing", que significa "lugar do dragão". Exploradores suecos depois chamaram a região de "Drake Kill", "drake" sendo a palavra sueca para dragão, e "kill" significando canal ou braço do mar (rio, riacho, etc.). Mas a lenda mais conhecida é de que, em 1735, uma senhora de sobrenome Leeds, que tinha 12 filhos, descobriu que estava grávida de seu 13º filho e disse: "Que este seja amaldiçoado!". Então o bebê teria nascido com cabeça de cavaloasas de morcego e patas de canguru, teria matado seus pais e depois fugido para a floresta de Pine Barrens.

~Descrições
Popularmente, se diz que esta suposta criatura seria um demônio; e seu nome se deve pelo fato das primeiras informações sobre suas aparições remontarem à floresta de Pine Barrens, em Nova Jersey.
À criatura, se atribuem popularmente alguns raptos e desaparições humanas. As supostas testemunhas que informam encontros com esta criatura, afirmam que é uma criatura com cabeça de cavalo, erguida em duas patas, com uma altura de aproximadamente 1,80 metros, coberta de pelos, com asas parecidas com um morcego e com patas como cangurus. Devido às características que atribuem as supostas testemunhas, as pessoas que creem em sua existência afirmam que é um mamífero e que, segundo as descrições, é muito parecido a algumas criaturas mitológicas, como os minotauros.
Apesar das descrições variarem, existem alguns aspectos em comum, como seu longo pescoço, asas e patas. A criatura às vezes é vista como uma cabeça e cauda parecida como de um cavalo. São reputadas variações de altura de três pés a mais de sete pés. Vários avistamentos reportam que a criatura tem olhos vermelhos e brilhantes que podem paralisar um ser humano, e que emite um grito parecido com uma mulher, que é muito alto.

~Na Ficção
Em um episódio, o Cake Boss Carlos Baker fez uma réplica do Diabo de New Jersey. Durante o episódio aconteceram fatos estranhos e o bolo é assombrado. Fazer uma cópia dele pode ser muito perigoso.
Em um episódio de Arquivo X intitulado "O demônio de Jersey",a criatura foi retratada como sendo o mesmo que Pé-grande, mas na verdade uma família de hominídeos selvagens.
O demônio de Jersey também apareceu em um episódio de Jake Long - O Dragão Ocidental como um cavalo com cabeça de águia, cauda de leão e olhos vermelhos, que se alimentava de gnomos e elfos e aparecia a cada 300 anos.
Um episódio de The Real Adventures of Jonny Quest envolve uma visita a Nova Jersey para investigar o Demônio.
A criatura apareceu ainda nas edições 5 a 7 da revista em quadrinhos norte-americana Marvel Knights: 4 (junho a agosto de 2004), publicadas no Brasil pela Panini em Marvel Apresenta 19. Aqui, o Demônio de Jersey é na verdade um grupo de extraterrestres que vêm para a Terra pouco antes do inverno para caçar.
No jogo para Nintendo DS Castlevania: Order of Ecclesia, o Demônio de Jersey é um inimigo encontrado em uma das fases, e uma das sidequests consiste em fotografar a criatura.
Tem uma aparição na abertura da série American Horror Story: Coven.

Você precisa ler! ~ Mangás do gênero Terror/suspense/horror.

Se você é um "apaixonado por terror", tai uma lista de recomendações de mangás que Você precisa ler!


-

Zekkyou Gakkyuu
(Screaming Lessons)

Autora: Emi Ishikawa
Ano: 2008
Volumes: 11 (em andamento)
Demográfico: Shoujo
Zekkyou Gakkyuu atualmente é um dos mangás de terror que mais me encantam. E não, não é assustador, os personagens são crianças e adolescentes na faixa dos 8 a 13 anos, com uma narrativa um tanto quanto infantil – Justificado pelo fato de ser publicado na revista Ribon para meninas entre 09 e 13 anos, da editora Shueisha. Mas, vale lembrar que infantil não é sinônimo de histórias ruins e descerebrais. A estrutura narrativa é a típica de histórias episódicas que envolvem o mundo sobrenatural. Para efeito de comparação se assemelha bastante a outro mangá voltado para meninas; Jigoku Shoujo. Aqui, o guia espiritual é uma garota misteriosa chamada Yomi, o fantasma de uma adolescente que perdeu parte do seu corpo abaixo da cintura. É ela que inicia e fecha as histórias, quase sempre com uma lição de moral acerca de valores familiares e sociais. Ô Japão!
Ishikawa faz um excelente trabalho ao concentrar seu terror na vida cotidiana de crianças, extraindo o melhor das características mais marcantes dessa idade, sempre com um toque sobrenatural e fantástico. A desobediência, o bullying, distúrbios alimentares, vingança, o egoísmo em não querer dividir seu brinquedo com os outros amigos, e até mesmo uma simples cabulada de aula, já são motivos para uma punição às vezes bem dolorosa. Tá, nem sempre ocorre uma punição, mas há sempre a moral no final da história, com Yomi alertando as pequenas leitoras do perigo de seguirem por um caminho semelhante do desfecho da história.
Digno de nota o fato de Ishikawa nunca se acovardar, não atenuando os efeito de uma ação equivocada por parte de seus personagens. Alguns recebem um destino trágico e tocante, há capítulos que chegam a serem extremamente melancólicos, outros que possuem um grau elevado de violência. A arte é bem cutesy, ou seja, bonitinha, com traços arredondados, efeitos visuais típicos de um mangá shoujo de romance, mas o tom obscuro é bem aparente. Sempre que Ishikawa quer atingir o ponto mais fraco de uma criança, ela contrasta a arte de uma forma altamente provocante. Em um dos capítulos, onde uma boneca ganhou vida ao ser alimentada pela comida que a garotinha jogava fora, e começou a se mexer, eu fiquei chocada com os movimentos, a obscuridade e os sons que ela emitia: “nhec nhec nhec”. Credo! Tenho pavor de bonecas. 
-

Ibitsu

Autor: Ryou Haruka
Ano: 2009/2010
Volumes: 02 (Já finalizado)
Demográfico: Seinen 
A história de Ibitsu (torção/torcida, em Japonês) é inspirada em uma lenda urbana japonesa, sobre o espírito de uma garota que constantemente assombra banheiros públicos e escolares, sempre perguntando “Gostaria de papel vermelho ou papel azul?” – Mas não importa qual seja a resposta, seu destino será trágico, meu amigo! Ibitsu pega essa lenda e cria uma variação, “a Lolita estranha”Se no meio da noite você se encontrar com uma garota suja vestida de Lolita, e ela te perguntar “Você tem uma irmã?” e você cair na besteira de responder, a garota simplesmente vira um piolho, querendo ser a sua irmãzinha mais nova a qualquer custo. 
É a velha formula de sempre, da stalker perseguidora, que torturará sua vítima, física ou psicologicamente, até que este pire por completo. É divertido, tem alguns momentos de pura tensão e adrenalina. Há reviravoltas no enredo, mindfucks, tudo muito clichê, mas muito bem desenvolvido, inclusive nem chega a ser tão obvio a princípio. A Lolita é uma psicopata doente, mas você vai adorar vê-la torturar lenta, e dolorosamente suas vítimas. Sim, não apenas fisicamente, mas psicologicamente. Por isso ela é foda, só matar não tem graça, tem que fazer a garota fazer xixi na calcinha de medo, e o garoto entrar em estado psicótico – Isso realmente acontece na história, ela se diverte com a dor dos personagens! A arte do Ryou Haruka é simples, mas eficaz, além de bem peculiar. Não há tanta violência gráfica, mas o pouco que aparece, pela forma que Ryo desenha, faz os nervos ficarem a flor da pele. Eu ficava tensa com aquela garota andando sorrateiramente pelo teto! LOL 
Particularmente eu acho um pouco fraco, as histórias extras me pareceram mais charmosas quando você pensa em algo que te dê calafrios. Mas, é extremamente indicado principalmente pra quem não tem tanto costume com histórias de terror, e ainda assim querem sentir aquela gotinha gelada percorrendo pelas costas. Se gostar de Ibitsu, leia também Zashiki Onna, aquilo é bizarro.
-

Collapse Of The World As We Know it

Autor: Dashu Jiang
Ano: 2010
Volumes: 01 (em andamento)
Demográfico: Seinen 
Sem dúvidas, essa será a coisa mais estranha que você terá lido em um bom tempo. E eu não estou exagerando. Primeiro me deixe dizer que se trata de um manhua, vulgo histórias em quadrinhos produzidas na China. É diferente de manhwa [quadrinhos coreanos]. O sentido de leitura é ocidental, o traço dos chinocas e coreias são sempre detalhados, eles possuem uma boa técnica, mas só agora que seus quadrinhos vêm se popularizando mais. Os poucos que ganhavam traduções chamavam a atenção pelo traço, mas o roteiro quase sempre era decepcionante, certo?
Atualmente temos um bom número de quadrinhos feito pelos amarelos que não são japoneses, só esperando serem garimpados. Alguns destes são realmente bons. É o caso de Collapse Of The World As We Know it, uma coleção de contos assombrosos e bizarríssimos de Dashu Jiang. A estrutura narrativa dessas histórias se assemelha bastante aos contos dos Irmãos Grimm, só que sem a costumeira moral no final. É uma visão doentiamente distorcida. Repleta de negatividade. Assemelham-se a contos infantis, só que obscuras. Algumas histórias são tristes, outras simplesmente hilárias, repletas de humor negro. Há referências a nomes consagrados do horror japonês, como Shintaro Kago e Jinji Ito, com histórias inspiradas em seus contos. Também há uma boa dose de crítica social.
Essa série lembra bastante o gênero ero-gore pelo teor de bizarrices gráficas, o autor foi bem perspicaz ao conseguir traçar esse paralelo, sem precisar cruzar a linha. Indicado para quem prefere um terror menos sobrenatural, sem fantasmas, e mais bizarro, mais trash, envolvendo seres humanos. E este aqui se equilibra bem entre o feeling de terror e o horror gráfico. Afinal….“Descasque os elementos sobrenaturais, e o que resta? Pessoas! Isso afirma o que eu sempre acreditei. Que nada é mais assustador do que pessoas.” – Kazuo Umezu. Se curtir Collapse Of The World As We Know it, experimente também Franken Fran.
-

Fuan no Tane

Autor: Masaaki Nakayama
Ano: 2004
Volumes: 02 (Já finalizado)
Demográfico: Shounen
Fuan no Tane, assim como em sua tradução literal [Sementes do Desconforto], é um mangá de terror bem peculiar, foge um pouco da estrutura convencional, com histórias curtas que possuem no máximo umas 5 páginas. Cada capítulo começa e termina antes mesmo que você perceba. É como estar andando no trem fantasma, saber que em algum momento vai aparecer algo que pretende te assustar, mas não saber calcular ao certo em que momento isso irá ocorrer, e então acabar soltando um grito, nem que seja por impulso. É algo parecido com você estar assistindo atenciosamente um filme de terror [daqueles assustadores], e alguém chegar por trás e tocar você. Você irá reagir toscamente e a outra pessoa irá rir da sua cara feia.
Consegue ser menos assustador que Zekkyou Gakkyuu, então se você tá querendo sentir um friozinho na espinha, esqueça este aqui. Nesta coleção de contos curtíssimos, mas interligado por um tema único, Masaaki Nakayama faz um jogo interessante entre mangaká e leitor. Um jogo que você só irá entender se aceitar entrar na brincadeira. Aqui, ele brinca com as convenções do terror, te fazendo questionar o que seria exatamente terror, através de recriações de lendas urbanas que povoam o imaginário coletivo japonês.A característica mais marcante sem dúvida é a forte pressão atmosférica em cada capítulo.Ideal para quem tem medo de histórias de terror, e borra os fundilhos com Fatal Frame. Se você tem medo. Se assusta facilmente. Possui uma imaginação fértil. Então leia Fuan no Tane e grave para mim as suas reações, eu vou me divertir bastante.
Digo novamente que, a ideia de Fuan no Tane é brincar com seus conceitos, e Masaaki Nakayama é um motherfucker desgraçado porque ele conseguiu brincar e manipular a minha mente. Você olha para o lado e não vê nada, no entanto, quanto mais você pensa naquilo que te dá medo, mais e mais uma sombra vai se formando no canto do seu olho e então; BUUUHAHAHAHAHAHAHAHAHA otário. Se você sobreviver, leia também Fuan no Tane Plus. 
-

The Drifting Classroom
(Hyouryuu Kyoushitsu)

Autor: Kazuo Umezu
Ano: 1972
Volumes: 11 (Já finalizado)
Demográfico: Shounen
Este é um dos maiores clássicos dos mangás, concebido pelo mestre do terror Kazuo Umezu. Mas eu fiquei um pouco reticente na última hora, sobre manter ou não este título entre as indicações. É de 1972, é outra escola de quadrinhos de terror, e embora tenha influenciado a maioria que se seguiu depois, é bem datado para os padrões atuais – Principalmente quando se fala de terror. Porém, ainda que o traço de Umezu não seja muito atrativo, e já ultrapassado, a dinâmica de arte sequencial que ele imprime a cada página não envelheceu nem um pouco. 
The Drifting Classroom conta a história absurda onde uma escola é simplesmente arrastada inteirinha para um mundo completamente diferente do que eles conhecem. Um mundo de pesadelos tomado por uma atmosfera toxica e delirante. Os alunos quando olham pelas janelas da escola, só vem um deserto sem fim e aterrador. Essa série não é apenas uma história de terror, mas também de aventura assombrosa, com os personagens tendo que confrontar seus piores pesadelos. É uma história violenta, de professores que se matam mutualmente, e de alunos que precisam aprender a se virar sozinhos. E são apenas crianças! Nesta série, Umezu extrai o melhor do survivor horror: A pressão psicológica, que chega a níveis enlouquecedores e com uma tensão que deixará com os nervos a flor da pele. 
Ouch! E não é isso que é terror? Sentir o sangue correndo nas veias. Adrenalina. Tensão. Umezu coloca em The Drifting Classroom todos os seus medos e receios de quando era criança, onde é praticamente impossível você não se colocar no papel de alguns dos personagens. É uma espiral de insanidade que vai crescendo até atingir o clímax total, onde você, que acompanhou todas as situações mais surreais e dramáticas por todos esses capítulos, terá verdadeiros orgasmos mentais e visuais. O que torna The Drifting Classroom um autêntico representante dos quadrinhos de terror, não são o horror visceral, mas o absurdo de situações implacáveis e a imersão daqueles personagens na história de terror ao qual foram inseridos e a forma como reagem àquilo. Há uma cena onde o protagonista precisa ser operado por outra criança, sem anestesia. Você acompanha tudo aquilo com os dentes cerrados e os nervos a flor da pele, ao visualizar a tensão da outra criança de 11 anos, que precisa rasgar seu colega com um bisturi. 
HAHAHAHAHA É TENSÃO ABSOLUTA E NERVOS A FLOR DA PELE! Uma aula de suspense e terror psicológico. Um clássico.
-

Uzumaki

Autor: Junji Ito
Ano: 1997
Volumes: 02 (Já finalizado)
Demográfico: Seinen
Pareço meio suspeita em falar de qualquer obra do Junji Ito, meu mangaká de terror favorito, e um dos que mais gosto em termos gerais. Ele foi inspirado por Kazuo Umezu, o que se nota facilmente, por exemplo, no absurdo do argumento de Uzumaki. Uma cidade tomada por espirais? Hein? MAS é sua paixão pelos Mythos – aqueles bichões com tentáculos que habitam o universo e já dizimaram o planeta terra incontáveis vezes – de H. P. Lovecraft, que tornam suas histórias ainda mais surreais que as de Umezu. Ele aplica em suas histórias, o conceito de mal absoluto, sem origem definida, sem fim, sem nenhum motivo aparente. Apenas é. E quando acontece, não adianta fugir. É tudo desesperançoso, caótico, tóxico, alucinógeno e… Deliciosamente trágico. 
Uzumaki – A Espiral do Horror foi lançado aqui no Brasil pela falecida [para os mangás] editora Conrad. A qualidade é… Não, não é tão boa se comparado com outros lançamentos do gênero pela Conrad, mesmo tendo páginas coloridas, rs. Mas, eu devorei cada página como se estivesse comendo um delicioso pedaço de pudim. Essa leitura foi praticamente uma masturbação. Uma ode de prazer. Foi tão intenso que o mangá se partiu no meio. Sério. A lombada não resistiu. Acredito que poucos ainda não tenham ouvido falar de Uzumaki. 
Você não conhece? POXA, em que mundo você vive? É o mangá de terror mais comentado da interwebzzzz, e não apenas na esfera otaku, mas em toda a bolha nerd ocidental. Agora, apesar de todo esse apelo, Uzumaki não vendeu quando foi lançado, uma pena. Vou contar pra vocês como eu conheci Uzumaki. Eu estava num chat, na comunidade [do Orkut] de HOTD ao qual eu era ativa, e alguém puxou o assunto “mangás de terror”. O ano era 200…hmm….2010. Me disseram que Uzumaki era simplesmente o mangá mais assustador já feito. Cética que sou, foi procurar imagens aleatórias no Google. Quando eu vi aquelas imagens em forma de espiral, eu fiquei completamente em transe. “Eu preciso ler isso. TIPO agora” – Pensei.   
Uzumaki é a história sobre os moradores de uma pequena cidade, que do nada começaram a apresentar um estranho comportamento ao desenvolverem uma obsessão doentia por qualquer objeto ou animal que tivesse a forma de espiral. O horror que o Junji Ito coloca aqui, é quase orgânico, é como se tudo ali fosse palpável ao ganharem formas abstratas e disformes. Há um capítulo, onde a cicatriz na testa de uma garota ganha forma de espiral e aos poucos, vai lhe devorando, lhe correndo por dentro. É angustiante, é aterrador, é ridicularmente absurdo, é envolvente. É Junji Ito. 
A arte é a melhor que você encontrará em qualquer mangá de terror. É bem redondinho, traçado tipicamente shoujo – eu sempre digo isso, e não custa repetir, no Japão o público consumidor de mangás de terror, em sua maioria, são mulheres, e a própria origem do gênero é nos quadrinhos para garotas –, mas totalmente obscurecido. A tensão psicológica é intensa, e a forma como o enredo progride em Uzumaki, muitas vezes se revela chocante. 
Pra finalizar, fica a dica de The Enigma of Amigara Fault, eleita pela revista Super Interessante à história de capítulo único mais assustadora do mundo. Sim, é uma oneshot. E dá um sentimento forte de claustrofobia em quem ler. Não faz parte de Uzumaki.

sábado, 6 de setembro de 2014

A Mulher de Cera


A escultura representa uma mulher feita de cera e foi feita para uma exposição de moda chamada 'Arnhem Bienal' na Holanda pela AFVandevorst, uma famosa grife belga. Poético e ao mesmo tempo assustador, confira algumas fotos e um vídeo da instalação:







Bonecas macabras entregues anonimamente assustam cidade dos EUA

Misteriosas bonecas foram deixadas na porta da casa das meninas, o assustador é que as bonecas eram semelhantes com elas

Parece filme de terror, mas não é. A cidade de San Clemente, na Califórnia, EUA, ficou assustada com o aparecimento de bonecas em frente a algumas casas. Detalhe: essas bonecas eram deixadas em frente a casas de família com garotas pequenas. As bonecas eram personalizadas e se pareciam com cada uma dessas garotas.

O “presentinho” macabro era deixado sem qualquer tipo de aviso ou bilhete e, segundo a polícia local, 11 famílias já receberam a tal boneca. Em comum entre essas famílias está o fato de que todas as meninas da casa têm mais ou menos dez anos de idade, moram no mesmo bairro e vão à mesma escola.

Desde que a primeira boneca foi entregue, no dia 16 de junho, não foi cometido crime algum, mas as famílias envolvidas ficaram muito receosas, afinal as entregas tinham um ar macabro e assustador.

Felizmente, na última quinta-feira (24), a polícia encontrou o responsável pelas entregas: uma mulher, cujo nome não foi divulgado, e que, aparentemente, é uma pessoa com boas intenções. O caso foi arquivado.


Fonte: Época