Music Symphony

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Invocação no quarto escuro (Parte 1)


Esta era uma lenda urbana muito divulgada nos meus tempos de colégio... A lenda conta a história de Spencer, um jovem rapaz que era fascinado pelo ocultismo, adorava histórias de terror e era fanático por filmes de horror. Mas como todos, o adolescente adorava desafiar as forças ocultas e tinha o prazer de deixar as pessoas assustadas e até indignadas com seus atos. Spencer tinha uma namorada, seu nome era Rafaele, era uma moça encantadora e muito inteligente, adorava discutir sobre política e sempre foi muito ligada aos estudos. O problema foi quando ela conheceu Spencer...Tudo mudou. A Família de Rafaele odiava aquele rapaz, o achava estranho, mesquinho e até mesmo arrogante, só Rafaele conseguia ver qualidade naquele rapaz esquisito. Após uns meses de convivência Rafaele começou a mudar seu jeito de ser: Começou a vestir-se sempre com roupas escuras, usar maquiagem pesada e sempre tratava de assuntos ligados à religião ou ocultismo. Os dois faziam questão de mostrar total aversão ao cristianismo, ridicularizavam os alunos que seguia este tipo de ideologia ou algo ligado a Deus. Adorava esfregar na cara dos cristãos sua admiração intima ao senhor das trevas e as forças e poderes negros. Enquanto todos falavam: “Meu Deus do Céu” ou “Fica com Deus”. O Casal soturno adorava zombar falando coisas como: “Meu pai do Hell” ou “Que as trevas te guiem”. No meio de muita zombaria conheceram um jovem, seu nome era Renato e ele era conhecido por ser um rapaz muito supersticioso e por muitos o consideravam medroso, O Casal adorava deixa-lo assustado. Falava coisas absurdas e jogava maldições em Renato, só para vê-lo ficar espantado. Renato, no entanto, não era um rapaz tão tolo assim, sabia que eles faziam isso só para importuná-lo e então resolveu vingar-se daqueles dois. Pesquisou tudo sobre invocações demoníacas em busca de algo simples e eficaz que pudesse afligir aqueles dois abusados. Encontrou algo referente a demônio das trevas, um tal Horthembrak, que podia ser facilmente invocado nas sombras.Viu ali a chance de por a prova todo o poder oculto dos dois. Foi a escola logo cedo e no seu intervalo fez questão de ficar bem visível aos dois, que não demoraram muito para importuna-lo: -Como Vai irmão Renato Cabaço? Já rezou, fez promessa pra passar na prova de matemática?... hahahahaha. -É, meu caro Spencer... Você é o Cara! Sabe tudo sobre ocultismo, veste-se como um vampiro e sacanea todo mundo que não esta de acordo com você. Mas, hoje quero tirar a prova dos nove...Quero ver se você e capaz de fazer este simples ritual. Spencer deu uma gargalhada penetrante e olhou bem nos olhos de Renato: -Quer dizer que agora também está lendo sobre o senhor das trevas... Humm...Parece que nosso pequeno bâmbi está evoluindo, mas... Continua feio como sempre. Ok! Farei isso sim, mas com uma condição. -Qual? -Você vira conosco. Não quer a prova dos nove? Então venha e veja. Marcaram de se encontrar na casa de Rafaele os três, pois lá ela tinha um porão grande e escuro, o local ideal para realizar cerimônias soturnas. Por volta das 20:35 hs Renato Chegou, os dois estavam na escada beijando-se de uma forma não muito convencional -Dava até pra ver a língua deles! Renato ficou lá por quase trinta segundos até que os dois cansaram de faze-lo de bobo e olharam para ele; Rafaele foi a primeira a falar: -Bem, meus pais viajaram e isso significa que a casa é só nossa, mas não fique contente meu amigo Renato Cabaço, falo isso somente para meu amor negro, assim que terminar seu jogo de RPG vai rapar fora. Renato assentiu com a cabeça e todos entraram. O porão da Rafaele não era tão grande quanto ele imaginava, estava mais com cara de depósito e tinha um cheio terrível de mofo. Havia muitos objetos antigos jogados no chão. -Vamos logo com isso, seu palerma! Quero ficar sozinho com minha vampirinha. Não sei onde eu estava com a cabeça quando chamei esse cara de bunda pra cá. Renato disse que para dar inicio ao ritual eles precisariam apagar todas as luzes e usar uma vela comum. Primeiro deveriam chamar o nome do Horthembrak por seis vezes e só depois acender a vela. Spencer pareceu meio confuso: -Como é essa porra? -O que? -Como lê isso? -Ah, sim! Lê assim: Rortembraqui! Parece nome de peixe...hahahahaha Rafaele já chateada falou: -Vamos logo Spencer! Não temos o dia todo, daqui a pouco dá dez horas. -Ta! Bora logo mane. Apagaram as luzes e Renato sentiu uma tapa no rosto que fez um som surdo: Paf! Renato assustado perguntou: -O que diabos foi isso? E Rafaele Respondeu: -Não se faça de tolo seu babaca! Você aproveitou-se da situação pra pegar nos meus peitos. Dai ouviu-se a voz de Spencer: Fui eu amor! Não pude resistir! Os dois riram, mas Renato não achou muita graça. Sua cara ainda estava ardendo. Spencer ficou sério e começou: - Horthembrak, Horthembrak, Horthembrak! Venha até nos, hoje queremos ter a honra da sua companhia. Houve um silêncio ensurdecedor, que só foi cortado pelo riscar dos fósforos de Rafaele. Mas, no exato momento, em a tênue chama iluminou o quarto, eles puderam ver de relance um rosto humano muito pálido, parecia com de uma pessoa, mas não tinha pêlo algum sobre a cabeça nem pelo rosto e também não tinha olhos, nariz ou orelhas, apenas uma boca que expunha uma língua comprida como de cobra.

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